28.4.09

sushi

 

26.4.09

framboesa

 

23.4.09

melancolia

Era assim de uma azul inventado a minha tristeza. Azul inventado num céu de crepúsculo de cores aguadas, tão pálidas quanto só num final de tarde podem ser. Um último suspiro de um dia. À noite, eu sempre melhoro.

21.4.09

miríade

 

19.4.09

mil bocas

 

13.4.09

escrito em vermelho

O almoço ainda entalado pelo peso do peito.
Dói, ela pensa, como um esmagamento forte e lento.
Como se uma mão apertasse seu coração na pressão exata, e a substãncia do coração carne-gelatina começasse a escapar entre os dedos em pequenas bolsas, mas sem arrebentar-se.
Era isso que chamavam de mágoa?

12.4.09

assim mesmo

9.4.09

bicho papão III: joseph mengele




Eu era uma criança estranha. Mesmo.
Era na época de Roque Santeiro e mesmo sendo proibida de assistir novela, eu bem que espiava escondido.
E, ao invés de morrer de medo do professor Astromar (depois revelado o lobisomem da trama) eu ficava apavorada com o Mengele.
Tudo bem, é bem justo ter medo do sujeito. O médico nazista injetava tinta em olho de criança para deixar azul e fazia um tanto de outras coisas terríveis nos campos de concentração. E ainda veio fugido para o Brasil depois de escapar da prisão na Alemanha.
Eu tinha a certeza que o sujeito era meu vizinho e que iria me roubar no portão do prédio para me usar de cobaia, mas ele morou em São Paulo e Nunca no Rio. E ainda faleceu em 1979, bem antes de habitar meus pesadelos, em torno de 1985.
Viu, isso é que dá ter pai/mãe que proíbe novela e permite fantástico.

8.4.09

alguma beleza na morte

 

6.4.09

grãos

 

4.4.09

pés no chão

 

2.4.09

Acusam o mundo por este excesso de rapidez. Mas, aqui de dentro só posso culpar o meu eterno desassossego por ficar correndo em círculos em alta velocidade

1.4.09

Bicho Papão II : Karas e Dr Gori



Era só aparecer os primeiros takes com as cenas de Tókio que já me vinham as sensações estranhas, que hoje eu identifico como angústia. Não era medo não, mas estes dois me deixavam bem desconfortável (aliás, o seriado como um todo). O curioso é que esta sensação ocorre com qualquer personagem simiesco: King-Kong, os seres do 2001, o macaquinho ladrão do Indiana Jones (Arca Perdida)... Nunca consegui levar a leitura de "Grandes Símios", do Will Self. E Nunca falei disso na terapia.