31.12.08

tremas

É dezembro e estou me sentindo mais velha.
Mês de aniversário, a idade vai pesando.
Mês de Reveillon, que te joga na cara mais um ano que passou.
Mas, não, nada supera a notícia de que a reforma ortográfica vai me transformar numa pessoa com uma biblioteca inteira desatualizada.
Ano que vem não ganho mais um ano, viro de outra geração: A que usava tremas.

21.12.08

 



Da minha pequena marina, na porta da geladeira.
Corujo muito esta menina, que me traz poesia todos os dias. Nas palavras ou nos olhos.

14.12.08

colcha de retalhos

Estou no banho. Observo o meu caçula que entra no banheiro. Olho para o corpo magricela enquanto ele abaixa a cueca e senta no vaso, brincando sozinho alheio à minha presença. Lembro do recém nascido careca que já não existe, assim como o bebê desdentado de cabelos encaracolados. Eu também já não sou seu espaço, sua nutriz, nem seu colo permanente. Tantos de nós que já não somos. E nem faz tanto tempo assim.

5.12.08

no tubo para conter o surto





sing me a song to set me free

1.12.08

you are the light