14.12.08

colcha de retalhos

Estou no banho. Observo o meu caçula que entra no banheiro. Olho para o corpo magricela enquanto ele abaixa a cueca e senta no vaso, brincando sozinho alheio à minha presença. Lembro do recém nascido careca que já não existe, assim como o bebê desdentado de cabelos encaracolados. Eu também já não sou seu espaço, sua nutriz, nem seu colo permanente. Tantos de nós que já não somos. E nem faz tanto tempo assim.

8 comentários:

bloke in blue disse...

Aproveite Ana, ele ainda está fofinho...e o tempo passa rápido.

Nicolau disse...

Muito bonito. Mas Ana, numa outra dimensão, nós vamos sempre lembrar desse espaço, do colo e da nutrição. Às vezes passamos a vida buscando isso de volta. Não que isso seja angustiante ou problemático, só que é uma lembrança tão boa....

Beijos

Interaubis disse...

hoje é seu dia né! bom livro novo pra você tb, cheio de movimentos

Gabriel Centurion disse...

Oi,
vi seu comentario no meu blog... e como sou novato no mundo blog passei para dar um alô.

ana k. disse...

rodrigo,
eu sei, eu sei...
sweet and tender hoolingan.

nicolau,
em algum lugar essas lembranças ficam, é verdade. mas me espanta é essa transformação absurda da gente em tantas outras gentes.

daniel,
obrigada! fico feliz de ter novos personagens para ele. um beijo grande!

gabriel,
achei seu blog no blog da bea antunes e gostei do seu trabalho. seja bem vindo por aqui!

Nicolau disse...

É verdade. E isso é particularmente impressionante quando se trata de filhos. Não só eles mudam, mas nós nos transformamos muito aos olhos deles.

Beijos

bloke in blue disse...

Aninha, passando para me desculpar pelo furo de ontem, tive problemas para chegar a tempo. Espero que a noite tenha sido um sucesso.

Beijos.

ana k. disse...

nicolau,
fico pensando: quando eu olhar para eles crescidos e vir tantos deles naquelas figuras adultas, quais de mim eles estariam vendo nos meus olhos de velhinha?
e ainda: não acredito que a gente mude só aos olhos de nossos filhos. e gente é vários, sempre. no meu caso, eles me fazem pensar e enxergar um bocado de coisas.
beijos,

rodrigo,
sem problemas, sr azul.
sei que dezembro é um mês maratona para todos!
beijos,