6.11.05

"Tranqüilamente entenda sem pensar"

Sei lá se o tal retorno de saturno adiantou, afinal os vinte e nove só chegham mês que vem. Mas o fato é que sem saber ou acreditar muito em qualquer explicação que possa ser dada para tal, poucas vezes perdi o prumo como em 2005.
Há uns dois meses, já depois de muitos ataques nervo, de choro, de mau-humor, de desesperança, etc, tentei buscar novos caminhos para tentar me distrair e quem sabe melhorar um pouco.
Em algum lugar do meu inconsciente vivia a idéia de fazer yoga. Na mesma época encontrei uma matéria de como a Yoga era importante, pois era um caminho de alienação de tudo: Mundo, mente e coisa e tal. Pronto: era tudo o que eu queria: Alienação! Não pensar pelo menos por um segundo em tudo que vinha me atormentando e que vinha sendo pensado e repensado fernéticamente sem que eu chegasse em qualquer saída. Descanso, descanso... Era tudo o que eu queria.
Fui amadurecendo a idéia e percebi que andava feito uma velha também fisicamente. Estava cheia de dores e corcunda. É, a Yoga podia ser mesmo uma idéia. Alienação e postura! Era tudo o que eu queria.
Por uma série de fatos que foram se encaixando, descobri meu atual professor( para quem quisermais informações o blog dele é www.satyavrata.blogspot.com). Foi há um pouco mais de um mês. Comecei a ter aulas em casa, o que facilita ainda mais a minha vida de mãe.
Logo fui descobrindo que eu tinha uma idéia meio errada sobre Yoga. Não só pela palavra masculina e com a pronúncia do "o" fechado (eu acho que nunca vou aprender bem esta parte, pois cresci falando "a Yóga"). Na verdade era muito mais que exercício para não ficar corcunda e não tinha nada a ver com alienação.
Nada mesmo. Ao contrário, Yoga não me trouxe alienação, mas conscientização. Em nenhum momento bloqueei meus pensamentos, mas aprendi a me distanciar deles de vez em quando.
E por conta desta conscientização, voltei a dormir, saí do turbilhão de pensamentos que vinha me perseguindo e estou me sentindo mais feliz. Não precisei fazer nenhuma mudança estrutural na minha vida. Ela continua a mesma. Só estou aprendendo a conviver melhor com ela e comigo.
Continuo meu caminho Yoga a fora.
E podem falar o que quiser. Até deste post, que soou meio piegas.

"Tranquila, levo a vida tranquila..."

3 comentários:

Bruno Jones disse...

Oi Ana,

Aqui é o Bruno, o professor. Mas hoje me sinto muito mais que isso, me sinto seu amigo. Muito legal as suas impressões sobre a prática. Realmente ela atinge cada um de um jeito, e que bom que ela te atingiu deste. Te transformando sem mudar o seu jeito. Fico maravilhado por esta filosofia ter me ajudado tanto, e hoje poder estar passando um pouco do que eu sinto para outras pessoas, como você. Esta é a maior recompensa pelo trabalho, saber que você, hoje, está melhor e ganhar uma amiga, ou melhor uma familia toda amiga! O Yoga continua, sempre, juntos na prática ou praticando na vida!
Um grande bju!
Harih Om!

Anônimo disse...

tô curioso...

Anônimo disse...

ai, meu deus, não era pra ser anônimo. sou eu!