Sei lá se o tal retorno de saturno adiantou, afinal os vinte e nove só chegham mês que vem. Mas o fato é que sem saber ou acreditar muito em qualquer explicação que possa ser dada para tal, poucas vezes perdi o prumo como em 2005.
Há uns dois meses, já depois de muitos ataques nervo, de choro, de mau-humor, de desesperança, etc, tentei buscar novos caminhos para tentar me distrair e quem sabe melhorar um pouco.
Em algum lugar do meu inconsciente vivia a idéia de fazer yoga. Na mesma época encontrei uma matéria de como a Yoga era importante, pois era um caminho de alienação de tudo: Mundo, mente e coisa e tal. Pronto: era tudo o que eu queria: Alienação! Não pensar pelo menos por um segundo em tudo que vinha me atormentando e que vinha sendo pensado e repensado fernéticamente sem que eu chegasse em qualquer saída. Descanso, descanso... Era tudo o que eu queria.
Fui amadurecendo a idéia e percebi que andava feito uma velha também fisicamente. Estava cheia de dores e corcunda. É, a Yoga podia ser mesmo uma idéia. Alienação e postura! Era tudo o que eu queria.
Por uma série de fatos que foram se encaixando, descobri meu atual professor( para quem quisermais informações o blog dele é www.satyavrata.blogspot.com). Foi há um pouco mais de um mês. Comecei a ter aulas em casa, o que facilita ainda mais a minha vida de mãe.
Logo fui descobrindo que eu tinha uma idéia meio errada sobre Yoga. Não só pela palavra masculina e com a pronúncia do "o" fechado (eu acho que nunca vou aprender bem esta parte, pois cresci falando "a Yóga"). Na verdade era muito mais que exercício para não ficar corcunda e não tinha nada a ver com alienação.
Nada mesmo. Ao contrário, Yoga não me trouxe alienação, mas conscientização. Em nenhum momento bloqueei meus pensamentos, mas aprendi a me distanciar deles de vez em quando.
E por conta desta conscientização, voltei a dormir, saí do turbilhão de pensamentos que vinha me perseguindo e estou me sentindo mais feliz. Não precisei fazer nenhuma mudança estrutural na minha vida. Ela continua a mesma. Só estou aprendendo a conviver melhor com ela e comigo.
Continuo meu caminho Yoga a fora.
E podem falar o que quiser. Até deste post, que soou meio piegas.
"Tranquila, levo a vida tranquila..."
Belo Monte - Belém
Há 12 anos
3 comentários:
Oi Ana,
Aqui é o Bruno, o professor. Mas hoje me sinto muito mais que isso, me sinto seu amigo. Muito legal as suas impressões sobre a prática. Realmente ela atinge cada um de um jeito, e que bom que ela te atingiu deste. Te transformando sem mudar o seu jeito. Fico maravilhado por esta filosofia ter me ajudado tanto, e hoje poder estar passando um pouco do que eu sinto para outras pessoas, como você. Esta é a maior recompensa pelo trabalho, saber que você, hoje, está melhor e ganhar uma amiga, ou melhor uma familia toda amiga! O Yoga continua, sempre, juntos na prática ou praticando na vida!
Um grande bju!
Harih Om!
tô curioso...
ai, meu deus, não era pra ser anônimo. sou eu!
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