24.1.09

A primeira vez que ela morreu eu tinha uns 5 anos. Acordei chorando, ainda com o peito esmagado pelo sonho que me lembro bem: Nós duas andando juntas numas pedras da praia do Peró, até que uma barata-do-mar a picou. Imediatamente ela ganhou roupa de Nossa Senhora e já lá do céu, me disse adeus com olhar mais amoroso do mundo.
Hoje, olhando para ela eu sei que já foram várias pequenas mortes.
O tempo já tirou muito dela, eu sei. Mas não roubou minha avó de mim.

4 comentários:

bloke in blue disse...

Essa história eu conheço bem, e apesar de um pouco de mim ter morrido quando a minha se foi, ela está mais presente do que nunca. E quando duas almas se completam será sempre assim. Aproveite a sua e don't worry. ;)

Chirol disse...

Dona Sola é eterna!!

super figura...

missbutcher disse...

avô e avó são incríveis, né?
crianças e velhos se entendem como poucos e vivem a relação intensamente. Quando os dois crescem a relação se transforma, mas fica o laço pra sempre. Quando meu avô-pai morreu, algo em mim morreu junto, mas sonho com ele sempre e sinto que ele está ao meu lado. Ele estaria maluquinho comigo morando em Paris, uma de suas paixões! Quanto à minha vó, apesar de estar a léguas de distância, sempre se faz presente. E é muito bom isso!

Interaubis disse...

quando estive aí no Rio durante o fim/inicio de ano a minha avó sorriu pra mim com amor, mesmo não sabendo mais quem eu era...
:)