Acontece mais ou menos assim:
O despertador te tira dum sono de seis horas mal dormidas. Você levanta (porque tem que trabalhar) e incrivelmente percebe que não está de péssimo humor. Checa o tempo e o friozinho te faz lembrar de todas as suas lindas roupas de inverno fervilhando dentro do armário. Como você mora no Rio de Janeiro, dispensa a calça de lã e opta por uma saia com meia calça de cor descolada que combina com teu cachecol levinho comprado numa loja de biquínis. Vestida, você engole o que se propõe a chamar de café da manhã e pronta pra sair descobre que não está atrasada (!). Mais uma vez o inverno te seduz e você resolve ir a pé para o trabalho que fica num perto-longe. Sai na rua toda faceira, chega a se julgar feliz (logo você, a rainha das manhãs mal-humoradas no meio de uma semana arrasada por um furação de problemas). Dois quarteirões depois, algo começa a incomodar. É no seu pé esquerdo. Na planta do seu pé esquerdo. Exatamente na base do primeiro metatarso. Você não liga, continua andando assim mesmo, tudo vai continuar agradável. Mais dois quateirões você se rende. Está doendo para caramba, você já está pisando torto e o outro lado do pé começa a doer também. Você pára, encosta no poste, tira os sapatos (que ainda bem não são de amarrar) e percebe que a costura da meia calça está torta e por isso, está pisando nela. "É só uma costurinha à toa"-você pensa- acerta a meia dentro do possível e segue. Mas o estrago tá feito e a meia, ainda torta. Você chega ao prédio do teu trabalho mancando e atrasada (não dá para andar rápido com o pé doendo, lógico!), entra no elevador sozinha (ainda bem), tira o sapato e acerta a meia definitivamente. Passa o dia trabalhando e disfarçando a pisada estranha, mas não tem coragem de tirar a meia e avaliar o estrago.
Na hora de voltar para casa, você olha o trânsito (que está um caos), checa o seu bolso (que está vazio) e resolve voltar a pé. Ingenuamente você segue, porque ainda não sabe que vai perder as contas dos tantos tropeções e torcidas de tornozelos que vão acontecer no caminho porque você não pode pisar direito para não piorar a dor da planta do pé.
Você chega em casa, finalmente tira a meia e avalia o estrago.
É, era só uma costurinha da meia calça fora do lugar. Agora é uma bolha enorme na planta do pé e um pé bichado que não consegue tolerar o contato com o chão.
Coisas idiotas que acontecem quando você não precisa de mais nenhum problema.
E não me venha dizer que podia ser pior. É claro que poderia.
O despertador te tira dum sono de seis horas mal dormidas. Você levanta (porque tem que trabalhar) e incrivelmente percebe que não está de péssimo humor. Checa o tempo e o friozinho te faz lembrar de todas as suas lindas roupas de inverno fervilhando dentro do armário. Como você mora no Rio de Janeiro, dispensa a calça de lã e opta por uma saia com meia calça de cor descolada que combina com teu cachecol levinho comprado numa loja de biquínis. Vestida, você engole o que se propõe a chamar de café da manhã e pronta pra sair descobre que não está atrasada (!). Mais uma vez o inverno te seduz e você resolve ir a pé para o trabalho que fica num perto-longe. Sai na rua toda faceira, chega a se julgar feliz (logo você, a rainha das manhãs mal-humoradas no meio de uma semana arrasada por um furação de problemas). Dois quarteirões depois, algo começa a incomodar. É no seu pé esquerdo. Na planta do seu pé esquerdo. Exatamente na base do primeiro metatarso. Você não liga, continua andando assim mesmo, tudo vai continuar agradável. Mais dois quateirões você se rende. Está doendo para caramba, você já está pisando torto e o outro lado do pé começa a doer também. Você pára, encosta no poste, tira os sapatos (que ainda bem não são de amarrar) e percebe que a costura da meia calça está torta e por isso, está pisando nela. "É só uma costurinha à toa"-você pensa- acerta a meia dentro do possível e segue. Mas o estrago tá feito e a meia, ainda torta. Você chega ao prédio do teu trabalho mancando e atrasada (não dá para andar rápido com o pé doendo, lógico!), entra no elevador sozinha (ainda bem), tira o sapato e acerta a meia definitivamente. Passa o dia trabalhando e disfarçando a pisada estranha, mas não tem coragem de tirar a meia e avaliar o estrago.
Na hora de voltar para casa, você olha o trânsito (que está um caos), checa o seu bolso (que está vazio) e resolve voltar a pé. Ingenuamente você segue, porque ainda não sabe que vai perder as contas dos tantos tropeções e torcidas de tornozelos que vão acontecer no caminho porque você não pode pisar direito para não piorar a dor da planta do pé.
Você chega em casa, finalmente tira a meia e avalia o estrago.
É, era só uma costurinha da meia calça fora do lugar. Agora é uma bolha enorme na planta do pé e um pé bichado que não consegue tolerar o contato com o chão.
Coisas idiotas que acontecem quando você não precisa de mais nenhum problema.
E não me venha dizer que podia ser pior. É claro que poderia.
8 comentários:
mas o pé continua bonito, sem necessidade de "little socks of love"!
teimosa, teimosa...
esse tempo entre o botar e o tirar das agulhas anda te fazendo bem!
Bom, pelo menos anda fazendo bem pra mim, que posso falar e te ler com mais freqüência.
mas lamento pelos seus pés...
beijos
Ana, querida, vontade de ir pro Rio não falta. Mas o anjo exterminador é poderoso, e sempre que chega um feriado acabo ficando por aqui. Queria é que vcs viessem!
Prometo que faremos coisas amenas, que manterão os seus pés no estado mais puro possível. Que me diz?
Beijos!
bea,
estou louca para ir a aí.
e maltratar muito o meu pé em solos paulistas
deixa essa temporada de passagens caras passar (porque chamar de férias não dá mais, né?) e a gente aterriza aí.
bel,
é um prazer escrever para você. melhor ainda vai ser quando eu puder te visitar...
kiko,
:)
é por isso que eu digo, mais vale previnir que remediar.
A costurinha de hoje é o esparadrapo de amanhã.
olha, tem uma amiga minha que é uma ótima acupunturista (e ainda escreve muito bem); você devia se consultar com ela sobre essa bolha no pé!
:D:D:D
Manti-Miagi!
olha só: na onda da prevenção deixei de lado aqueles sapatos e aquelas meias e, ainda assim, ganhei uma nova bolha na planta do pé.(e juro que desta vez acertei bem a posição da meia para não ser pega por uma costurinha-fora-do-lugar. Acho que meu é esqueceu que é feito para andar.
Dimi,
Engraçado, sua amiga-acupunturista disse que está esperando um certo menino ir cuidar do ouvido por lá.
beijos para os dois.
OI ANA! MUITO LEGAL OS ESCRITOS E AS FOTOS? E O LIVRO? E PRA QUANDO?
PARABENS, GOSTEI MUITO, SO TENHO QUE LINKAR AGORA TEU BLOG NO MEU, (ESQUECI A SENHA EM CASA)
BEIJAO E P A R A B E N S!
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